Tradutor

Frases Célebres

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Smallville: A Lenda do Sr. K

 



Essa é uma daquelas histórias antológicas que, embora no princípio tenham ares de tragédia, não podem deixar de ser enquadradas no campo da comédia.
Certamente vou omitir nomes, datas e locais, a fim de preservar as respectivas privacidades, afinal, meu objetivo não é causar constrangimentos a quem quer que seja. Meu foco é no fato e no que ele tem de inusitadamente humano, de tragicômico, de incomum e de vulgar, tudo ao mesmo tempo.
Foi numa tranquila noite de terça feira, que o sr. K (vamos chamá-lo apenas assim), cinquentão, solitário, morador de um desses pretensiosos condomínios de classe média, resolveu se divertir um pouco, aliviar as tensões do cotidiano e, para isso, contratou os serviços de quatro (o número não está errado, é isso mesmo: quatro) garotas dessas especializadas em relaxamento de senhores.
Levou-as para seu apartamento e preparou uma grande noite. Tudo corria muito bem e teria sido realmente uma noite memorável, se, a certa altura, as "meninas" não tivessem dado um "boa noite Cinderelo" no sr. K e começado um trabalho de redefinição do espaço interno do apartamento, retirando tudo que elas julgavam supérfluo naquele ambiente e que poderia lhes render um bom dinheirinho no mercado desses bens "supérfluos".
A coisa só saiu da esfera privada, porque as "meninas" resolveram transportar sua mercadoria no carro do sr. K, que estava na garagem do prédio e que também poderia render um bom dinheiro naquele mercado a que me referi. O problema foi que, ao tentar retirar o carro da garagem, elas fizeram uma lambança: bateram o veículo, chamando a atenção do vigia, que chamou a polícia. Seguiu-se, uma cena de filme policial, com cerco ao condomínio e evacuação de moradores, tudo culminando com a prisão em flagrante das "meninas".
A amiga que me contou essa história disse que o sr. K foi a única pessoa do condomínio que dormiu naquela noite.
Minha primeira reflexão, quando ouvi a história, foi relativa a um tema que está no imaginário popular: mulheres e carros. Definitivamente parecem ser incompatíveis, não nasceram um para o outro. É um relacionamento difícil. Acho que na empolgação do momento, as "meninas" nem pensaram nesse ponto fraco. E foi aí que a casa caiu.
Minha curiosidade quanto a um outro tema foi imediatamente sanada por um amigo para quem contei o fato. Quando eu disse que tinha vontade de saber o que elas usaram para "apagar" o sr. K, meu amigo respondeu de "bate-pronto":

- Ora, Jorge, o cara está com mais de cinquenta e "pegando" quatro ao mesmo tempo, eu não tenho dúvida: usaram criptonita.

Pois é, fica aí o alerta aos cinquentões (como eu) que se considerem Super-Homens, para que tomem cuidado com situações assim. Com uma mina clandestina de criptonita em algum lugar por aí, melhor pegar uma de cada vez e, assim mesmo, ficar bem atento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário