Conforme eu mencionara anteriormente, inicio hoje a publicação de alguns artigos, nos quais pretendo explicar um pouco da História da Palestina (resumidamente), a fim de fundamentar minha opinião favorável aos árabes e contrária aos Estados Unidos, na luta contra os extremistas terroristas.
A região conhecida como Palestina é uma faixa de terra que limita a sul com o Egito, a norte com o Líbano, a leste com a Jordânia a nordeste com a Síria e a oeste com o Mar Mediterrâneo. Na verdade são apenas 27.000 quilômetros quadrados engastados na divisa de três continentes e que, por isso mesmo, possui uma imensa importância estratégica e militar.
Ao longo de todo esse tempo, foi palco das mais encarniçadas lutas de ocupação, tendo passado de dominador a dominador através dos séculos. Apesar disso, apenas três povos conseguiram deixar marcas de sua passagem: cananeus, filisteus e judeus.
Desses, os cananeus foram os primeiros a chegar, tendo se instalado na região por volta de 3500 a.C. e fundado, inclusive, por volta de 1800 a.C. a cidade de Jerusalém. Foi também por causa deles que a região passou a ser conhecida por Terra de Canaã. Os cananeus ali permaneceram até 1200 a.C., quando começaram as incursões dos hebreus que vagavam nômades pelo deserto e acabaram por conquistar toda a região.
Mesmo estando no domínio do território, os hebreus não se uniram completamente, tendo fundado dois reinos distintos, o de Israel, ao norte e o de Judá, ao sul. O reino de Israel, ao longo de sua existência foi constantemente sacudido por convulsões políticas, tendo sido palco de incontáveis assassinatos, traições, golpes, enfim, toda sorte de sujeira política, até que foi destruído pelos assírios em 722 a.C.
Já o reino de Judá teve uma existência menos tumultuada, mas sua existência teve fim, quando em 587 a.C. foi invadido e completamente destruído pelos babilônios. Nesse momento, deixou de haver oficialmente um estado judeu independente naquela região, embora os habitantes judeus tivessem permanecido, apenas que não mais como nação independente.
A partir daí, a região foi sacudida por diversas outras invasões até que em 63 a.C. vieram os romanos e dominaram toda a palestina, dando-lhe o nome de Província Aélia Capitolina. Durante todo o período de vida de Jesus a região esteve sob domínio romano e, após sua morte, a existência de um forte movimento nacionalista judeu culminou com uma revolta total em 66 a.D. A revolta foi totalmente debelada pelos romanos que arrasaram Jerusalém e destruíram o templo. A luta continuou até 73 d.C., quando a última fortaleza judia – Massada – foi tomada e destruída pelos romanos.
Apesar disso, persistia o inconformismo judeu e a insistência em reconquistar o domínio político da região. Houve uma breve tentativa de retomada que perdurou por três anos, até que em 135 d.C. o Imperador Adriano reconquistou a província, tendo massacrado grande parte da população e determinado a expulsão definitiva dos sobreviventes. Era a Diáspora.
Após isso, a Palestina permaneceu sob domínio romano e, após a conversão do império ao Cristianismo, os governantes de Roma passaram a dar especial atenção a Jerusalém, pelo valor que essa possuía, devido à história da vida de Jesus. A cidade foi transformada em zona de peregrinação e toda a região conheceu um florescimento e desenvolvimento, até então jamais vistos.
Após a queda do Império romano, a Palestina foi invadida várias vezes, até que em 637 d.C. foi conquistada pelos árabes muçulmanos. Vale ressaltar que, após a saída dos judeus em 135 d.C. a região foi povoada principalmente por povos de etnia semítico-árabe.
O domínio árabe se estendeu até 1099 d.C., quando vieram as cruzadas e o domínio passou á mão dos cristãos. Em 1187 d.C. voltou ao domínio árabe, situação que perdurou até 1587 d.C., quando a Palestina foi conquistada pelo Império Otomano, dominação que perdurou até 1917.
Aguardem continuação.
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