Pesadelo Anunciado

Nesta semana o mundo inteiro pôde ouvir a mensagem gravada dirigida ao Presidente dos Estados Unidos, com o bem humorado título "De Osama para Obama". Analistas do mundo todo afirmam que o tom da mensagem leva a crer que um novo ataque terrorista esteja sendo preparado pela Al Qaeda, provavelmente contra os EUA. Esse temor é despertado pelo fato de que a mensagem contem no início e no final uma oração: "Que a paz esteja com aqueles que seguem o caminho justo" Essa mesma oração fazia parte de mensagens de Bin Laden que antecederam grandes atentados pelo mundo afora, inclusive o de 11 de setembro de 2001.
Apesar disso, o presidente americano defende a tese de que a Al Qaeda está cada dia mais enfraquecida, sustentando tal opinião com o argumento de que Osama está reivindicando para si a ordem de um ataque terrorista em que ele não teve qualquer participação, referindo-se à frustrada tentativa de um jovem nigeriano de explodir um avião da Delta Airlines no dia 25 de dezembro de 2009.
Aparentemente, Obama não é diferente da maioria de seus antecessores, pelo menos no quesito arrogância. A Al Qaeda não estará enfraquecida, enquanto houver um único árabe em condições de auxiliá-la. Ao fazer tais afirmações, Obama expõe todos os americanos à ameaça do terror, e não precisava ser assim.
Embora a grande maioria do povo brasileiro desconheça a verdadeira origem do ódio muçulmano contra os EUA e, por isso mesmo tenda a condenar a atitude dos árabes, eu insisto em afirmar que eles, de certa forma têm razão.
Não sou defensor de extremismos, nem vou fazer apologia do terrorismo que considero uma forma de luta cruel e injusta, mas não poderia deixar de entender igualmente como terrorismo a atitude que Israel sustenta em relação à Palestina.
A mensagem de Osama é absurdamente clara ao afirmar que os americanos não terão paz, enquanto o governo dos EUA apoiarem os israelitas. Isso equivale a dizer que a Al Qaeda responde ao terrorismo de estado praticado por Israel, com o terrorismo privado, bancado pelos milhões de radicais espalhados pelos quatro cantos do planeta.
Volto a insistir que não defendo terrorismo, mas, se me perguntarem quem realmente tem razão nessa história, eu respondo sem titubear: Osama.
Para fundamentar essa opinião, estarei publicando nos próximos dias alguns artigos destinados a explicar a origem desse intrincado conflito que já se arrasta a mais de seis décadas e que já vitimou milhares de pessoas, com a cumplicidade criminosa dos Estados Unidos. Acompanhem e entendam.