A partir da aprovação da Resolução 181 da ONU, os judeus já radicados na Palestina, liderados por David Bem Gurion, fizeram sua declaração de independência. Naquele momento, já estava em curso uma guerra civil em todo o território palestino, porque um ano antes milícias judias começaram a atacar cidades palestinas e expulsar seus moradores.
Com a declaração de independência, vários estados árabes – Egito, Síria, Líbano, Iraque e Jordânia – , que não reconheciam o Estado de Israel, declararam guerra aos judeus e teve início, em 15 de maio de 1948, a primeira guerra árabe-israelense. O episódio, conhecido pelos judeus como guerra de independência, é chamado pelos palestinos de “Al Nakba”que significa “O Desastre”.
O conflito durou cerca de um ano e terminou com a vitória das forças israelenses que contavam com apoio estratégico-militar direto dos Estados Unidos e da Inglaterra. Ao final, os judeus tinha anexado, como espólio de guerra, setenta e cinco por cento do território palestino, e provocado a fuga de novecentos mil palestinos que foram se refugiar em diversas outras regiões do Oriente Médio.
A partir daí, vieram mais três guerras declaradas, sempre com vitória dos israelenses que, obviamente, nunca estão sozinhos, mas contanto com amplo apoio principalmente dos americanos que enviam armamentos de última geração, incluindo principalmente aviões e bombas. Além das guerras declaradas, nunca houve um único dia de paz verdadeira na região, porque Israel insiste em manter sua autoridade inclusive sobre o pequeno território que sobrou para os palestinos, preservando colonos judeus com direito sobre terras cultiváveis e fazendo prevalecer suas próprias leis.
É assim que o conflito se arrasta até os dias de hoje. Os palestinos vivem de forma miserável, seu país é tratado como um campo de concentração, não tem terras para cultivar, não há empregos para os jovens, falta água, falta comida, faltam remédios e o governo de Israel ainda concentra em seu poder toda a infra-estrutura do país, como a energia elétrica, cujo fornecimento eles suspendem quando bem entendem.
Ora, é impossível desconsiderar alguns fatos que a propaganda imperialista insiste em mascarar com mentiras: praticamente todas as legislações do planeta consagram a propriedade da terra para quem nela vive, trabalha, produz, tira seu sustento e de sua família. O único critério que normalmente se exige é o tempo. Se considerarmos que os judeus só possuíram um estado organizado na região no período que se estende de 1029 a.C até 586 a.C. o período de dominação judaica totaliza apenas 423 anos. Já a permanência dos árabes na região, se for considerada a partir da diáspora, se estende por cerca de 1900 anos.
Outro fato a se considerar é que quando Saul fundou o primeiro estado judeu na Palestina, os judeus foram invasores do território, pois o povo hebreu era originariamente um povo nômade que só passou a ter unidade a partir de Moisés e a ter um território, a partir de Saul. Acontece que, da mesma forma que invadiram, foram expulsos.
Os árabes colonizaram a região e ali permaneceram, enfrentando todas as dificuldades, mas preservando a terra, a cultura, a religião, enfim, aquilo que constitui o patrimônio material e imaterial de uma verdadeira nação.
Os judeus, quando começaram a invadir a Palestina pela segunda vez, provinham de diversos países da Europa; eram homens e mulheres europeizados que sequer falavam a mesma língua, eram bandos de invasores que só tinham em comum a ambição de conquistar, pilhar e se impor pela força.
Se fizermos um pequeno exercício, veremos a clara injustiça de que é vítima o povo palestino: nós nos consideramos brasileiros legítimos, filhos da terra, mas nossos antepassados chegaram aqui há apenas 510 anos. Qual seria nossa reação, se, de repente, levas de estrangeiros começassem a desembarcar no Brasil e, aos poucos fossem se apossando de nosso território, para em seguida proclamar sua independência e determinar que fôssemos expulsos de nossa terra, de nossas propriedades, ou obrigados a viver do modo como eles desejassem que vivêssemos?
Pois essa é, por incrível que pareça, a realidade do povo palestino, agravada pelo fato de que, como eu já falei antes, eles estão lá a 1900 anos, o que significa 1400 anos a mais do que nós estamos no Brasil.
Os palestinos sempre foram um povo pacífico. Naquela terra eles criavam seus rebanhos de ovelhas, plantavam seu alimento, cuidavam de suas famílias, e adoravam a Alah. O território produzia vida para quem nele vivia, apesar de todas as agruras que eles sofreram ao longo dos séculos.
O Estado de Israel só produz armamentos e destruição. Quando em sua vida você já comprou algo bom que tivesse sido feito em Israel? Agora se você tiver em casa uma pistola, um rifle ou uma submetralhadora, existe uma forte possibilidade de que seja “made in Israel”.
Ninguém ignora que grande parte do poderio militar israelense é sustentado pelos Estados Unidos, o maior e mais poderoso aliado dos israelenses, o país que, na verdade, dá suporte estratégico e militar para que os saqueadores judeus continuem a semear morte e destruição entre os debilitados palestinos. Os judeus que não tiveram nem coragem, nem capacidade de se impor a uma nação realmente poderosa, quando Hitler promoveu o holocausto, saíram da Alemanha lamentando-se como vítimas de uma grande injustiça histórica e foram destilar seu recalque sobre um povo que só queria viver em paz.
Não sou árabe, não sou muçulmano, mas tenho uma razoável inteligência e um apurado senso de justiça que me fazem sensível à dor e à angústia do povo palestino e me fazem execrar a atitude sorrateira, covarde e desumana dos “estado judeu” e de seu patrocinador americano.
Concluo dizendo que terrorista é quem mantém a Palestina no estado em que ela se encontra hoje. O que a Al Qaeda tem feito é mostrar aos americanos e ingleses uma pequena amostra do terror que seus lacaios judeus tem semeado entre os povos árabes.
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