Sei que muitos irão dizer que esse artigo é politicamente incorreto, mas sinceramente não sei o que seja politicamente correto, num país onde o paradigma de política está inexoravelmente ligado a mentira, corrupção, traição e tantas outras coisas do gênero. Já disse antes que meu compromisso é com a verdade; mais especificamente com a minha verdade pessoal, por isso recebo as críticas com tranquilidade.
A verdade é: vivemos em um mundo chato. Não foi sempre assim. Essa onda de chatice explícita principiou por volta do início dos anos noventa e vem se arrastando por cerca de vinte anos, capitaneada por algumas mentes estreitas que, em algum momento, conseguem voz em algum parlamento, ou em algum órgão da mídia e aproveitam a oportunidade para, em nome de causas de grande apelo popular, coletivizar suas neuroses pessoais, impor suas visões religiosas distorcidas e fanáticas e, por conseguinte, infernizar aqueles que não pensam como eles.
Até onde eu me lembro, tudo começou com o antitabagismo. Sob a bandeira de que o cigarro é nocivo (qualquer fumante sabe disso), teve início uma grande campanha de combate ao fumo. Nada tenho contra uma campanha assim, desde que ela se faça dentro dos limites da sensatez, mas o fanatismo não permite que tais limites sejam respeitados e, gradativamente, começaram a surgir os excessos: criou-se, primeiramente a figura do fumante passivo – e muita gente acreditou – que pelo fato de estar próximo a alguém com um cigarro aceso estaria sujeito aos mesmos efeitos danosos do cigarro. Aos poucos começaram a surgir leis restringindo o espaço dos fumantes. A coisa se tornou ridícula, quando proibiram o fumo dentro de bares, que por sua natureza são frequentados muito mais por fumantes, que por não fumantes. Logo as estatísticas (que sempre podem ser forjadas) entraram em ação e o tabaco passou a ser o maior causador de mortes do mundo, matando, até mesmo quem nunca fumou. A coisa chegou a tal ponto, que se o indivíduo chegar ao consultório de um médico para tratar de um problema de fimose, vai-se lhe perguntar se ele é fumante. Se for, provavelmente a fimose será devida ao cigarro. E os fanáticos sempre tem uma história trágica para contar. Lembro-me de uma pessoa conhecida que, ao me ver acender um cigarro disparou:
- Minha avó morreu por causa do cigarro. Fumou desde os treze anos e o cigarro a destruiu. O médico que assinou o atestado de óbito foi taxativo: “mais uma vítima do cigarro”.
Sensibilizado com a informação, eu perguntei:
- Quantos anos tinha sua avó?
- Oitenta e sete.
Acho que o episódio dispensa maiores comentários, mas eu não posso deixar de pensar que os agrotóxicos com que são tratadas as plantações e os hormônios que são dados aos animais de corte para estimular o crescimento são infinitamente mais cancerígenos que o tabaco. Tenho receio de ainda assistir a uma campanha do tipo: “Deixe de comer e tenha uma vida saudável.”
Mas não é só isso não.Com a descoberta do vírus da AIDS, pouco tempo se passou, até que os maníacos de plantão encontrassem outra fonte de terror, para atacar o prazer das pessoas. Logo se disseminou a ideia de que ninguém estava isento de risco, qualquer pessoa estaria exposta ao contágio, mas nem tudo estava perdido, porque a fórmula mágica para a proteção contra o vírus já havia sido encontrada. Chamava-se CAMISINHA. Para delírio das indústrias que produziam o artefato. Assim, ao invés de atacar o mal com um “pare de transar”, atacou-se com um peremptório “use camisinha”.
Devo dizer, mais uma vez, que não condeno a campanha em si. Acho bastante razoável que se estimule uma tal iniciativa, dirigida às pessoas que possuem uma vida promíscua, ou para os episódios de sexo casual, afinal, tudo que se constitua em uma forma de proteção deve ser levado a sério e praticado de forma consciente. O que eu condeno é a neurose coletiva e com a camisinha não foi diferente. Rapidamente se espalhou a noção de que só era viável fazer sexo de camisinha, fosse com quem fosse. Certa vez o urologista afirmou que eu deveria usar camisinha no relacionamento com a minha esposa. Quando eu perguntei o que ele estava insinuando, ele me respondeu que aquilo era um protocolo médico, que ele tinha que dizer aquilo a todos os pacientes, porque ninguém tem garantias quanto ao comportamento dos outros.
Digam o que quiserem, mas isso é ridículo, é terrorismo, é insano, é anormal, é paranoico e é imbecil. De minha parte, entendo que um casamento não pode prescindir de confiança recíproca, por isso, antes de usar camisinha na relação conjugal, é melhor extinguir a relação, pois que sem confiança ela já está falida. Agora, se, apesar da confiança, alguma aventura extraconjugal for inevitável, então que se use camisinha na aventura e não no casamento.
Não sei como ainda não apareceu um deputado – de alguma bancada religiosa, é claro – para criar uma lei que obrigue os casais casados a usarem camisinha em suas relações. O método de controle seria mais ou menos assim: o casal preencheria um cadastro declarando quantas relações tem por mês e, ao final de cada mês, entregaria ao órgão de controle o correspondente em camisinhas usadas. Poderiam ser mais, mas nunca menos. E para unir o útil ao utilíssimo, o látex das camisinhas usadas seria reciclado, para atender as necessidades de preservação do planeta.
Sim, porque além dos antitabacoides e dos antissexoides, temos também os ecolóides, muitas vezes chamados de “alternativos”.
Particularmente sou muito simpático a todas as iniciativas de controle ecológico, principalmente àquelas que visam à preservação de florestas e à proteção aos animais. Considero essa preocupação como um traço de humanidade, de inteligência e de respeito à vida, mas sinceramente me repugnam os excessos e, mais uma vez, as neuroses. Entendo que toda e qualquer atitude tendente a preservar os rios deve ser levada a efeito, mas daí para se fazerem previsões quanto ao esgotamento da água doce do planeta, vai uma distância enorme. Mais uma vez é espalhar terrorismo, querer educar pelo medo e pela falta de esclarecimento. Muito mais eficiente que dizer às pessoas que parem de tomar banho, é exercer um controle verdadeiramente rigoroso sobre grandes indústrias que despejam nos rios, de uma vez, toneladas de detritos sem qualquer filtragem. Mas isso é problemático, fere interesses poderosos e pode custar caro em eventuais financiamentos de campanhas políticas no futuro.
Nesse âmbito da ecologia, eu fico impressionadíssimo com as negociações de cotas de emissão de carbono, amplamente divulgadas pelos noticiários, e voltadas totalmente para impedir o crescimento econômico dos países do terceiro mundo. Nesse caso do carbono, inclusive, há um aspecto que me intriga e me preocupa: o metano – gás expelido pela flatulência – é um composto carbônico. Daí, quando eu penso nos cinco bilhões de habitantes do planeta, somados a todos os demais animais mamíferos (sinceramente não sei como funciona o sistema digestivo dos não-mamíferos), expelindo gás metano na atmosfera algumas vezes por dia, cresce-me um receio de que instituam a campanha: “pare de peidar”, ou, o que é pior, que algum deputado entupido transforme isso em lei, instituindo multa ou prisão para quem desrespeitar. Já pensaram?
Mas além dos ecolóides, há também os antialcaloides. Esses são aqueles que se ocupam em atribuir ao consumo de álcool a origem de todos os males do planeta. Lembro-me perfeitamente bem de que alguns anos atrás, um deputado distrital em Brasília – adivinhem a que bancada ele pertencia – baixou uma lei proibindo os bares de venderem bebidas alcoólicas após as 22:00, a fim de diminuir os crimes violentos. Ora, proibir bar de vender bebida alcoólica seja em que hora for é um dos maiores contrassensos possíveis. Nem merece comentar. Mas há ainda que se prestar atenção ao mote da lei que era inibir a prática de crimes violentos, como se o álcool fosse a principal ou a única causa da criminalidade. Infelizmente essas mentes “iluminadas” abarrotam hoje as Assembleias Legislativas de todos os estados e também o Congresso Nacional. Foi por isso que recentemente tivemos a oportunidade de conviver com aquele primor de peça legislativa que instituiu teor zero de álcool para quem estivesse conduzindo veículos.
Para garantir a exequibilidade da Lei, adotaram-se medidas totalmente inconstitucionais. Sim, porque ninguém pode ser coagido a soprar no “bafômetro” e a recusa polida, sem desacato não pode ensejar a condução à delegacia, porque a Constituição estabelece que ninguém será detido para averiguação. Prisão, somente em flagrante delito, ou mediante mandado judicial. Resultado: começaram a recuar e estipular “níveis toleráveis” de alcoolemia ao volante.
No bojo de tudo isso, as indústrias de bebidas – tão poderosas quanto as do cigarro – mobilizavam-se para encontrar alternativas viáveis para conviver com a Lei ou para derrubá-la de vez. E houve até uma cervejaria que criou o personagem “motorista da rodada”, eternizado por uma enxurrada de comerciais televisivos em horário nobre. Sinceramente, isso é nojento, é repugnante, é nauseabundo. O problema da violência no trânsito é sem sombra de dúvida um problema sério que deve ser enfrentado com grande energia pelas autoridades. Entendo ainda que a embriaguez ao volante deveria ser encarada como tentativa de homicídio e levada a Júri Popular, mas embriaguez é algo perceptível à olho nu e difere vertiginosamente da ingestão de uma moderada quantidade de álcool durante uma refeição, por exemplo. Colocar tudo num mesmo pacote e tratar tudo como crime é punir a sociedade como um todo, é falta de bom senso, é chatice explicita.
E para completar essa pequena lista de chatices explícitas, e ainda para que ninguém diga que eu estou exagerando, não se poderia deixar de citar aquela que, de todas, parece ser a mais preciosa no campo das chatices: A Federação Paraibana de Futebol instituiu no regulamento do campeonato estadual um artigo que proíbe o uso de palavrões pelos torcedores durante a realização das partidas. Aí eu tenho que dizer P-U-T-A-Q-U-E-P-A-R-I-U!!!!!!!!!!!!
E não dá para dizer mais nada.
A verdade é: vivemos em um mundo chato. Não foi sempre assim. Essa onda de chatice explícita principiou por volta do início dos anos noventa e vem se arrastando por cerca de vinte anos, capitaneada por algumas mentes estreitas que, em algum momento, conseguem voz em algum parlamento, ou em algum órgão da mídia e aproveitam a oportunidade para, em nome de causas de grande apelo popular, coletivizar suas neuroses pessoais, impor suas visões religiosas distorcidas e fanáticas e, por conseguinte, infernizar aqueles que não pensam como eles.
Até onde eu me lembro, tudo começou com o antitabagismo. Sob a bandeira de que o cigarro é nocivo (qualquer fumante sabe disso), teve início uma grande campanha de combate ao fumo. Nada tenho contra uma campanha assim, desde que ela se faça dentro dos limites da sensatez, mas o fanatismo não permite que tais limites sejam respeitados e, gradativamente, começaram a surgir os excessos: criou-se, primeiramente a figura do fumante passivo – e muita gente acreditou – que pelo fato de estar próximo a alguém com um cigarro aceso estaria sujeito aos mesmos efeitos danosos do cigarro. Aos poucos começaram a surgir leis restringindo o espaço dos fumantes. A coisa se tornou ridícula, quando proibiram o fumo dentro de bares, que por sua natureza são frequentados muito mais por fumantes, que por não fumantes. Logo as estatísticas (que sempre podem ser forjadas) entraram em ação e o tabaco passou a ser o maior causador de mortes do mundo, matando, até mesmo quem nunca fumou. A coisa chegou a tal ponto, que se o indivíduo chegar ao consultório de um médico para tratar de um problema de fimose, vai-se lhe perguntar se ele é fumante. Se for, provavelmente a fimose será devida ao cigarro. E os fanáticos sempre tem uma história trágica para contar. Lembro-me de uma pessoa conhecida que, ao me ver acender um cigarro disparou:
- Minha avó morreu por causa do cigarro. Fumou desde os treze anos e o cigarro a destruiu. O médico que assinou o atestado de óbito foi taxativo: “mais uma vítima do cigarro”.
Sensibilizado com a informação, eu perguntei:
- Quantos anos tinha sua avó?
- Oitenta e sete.
Acho que o episódio dispensa maiores comentários, mas eu não posso deixar de pensar que os agrotóxicos com que são tratadas as plantações e os hormônios que são dados aos animais de corte para estimular o crescimento são infinitamente mais cancerígenos que o tabaco. Tenho receio de ainda assistir a uma campanha do tipo: “Deixe de comer e tenha uma vida saudável.”
Mas não é só isso não.Com a descoberta do vírus da AIDS, pouco tempo se passou, até que os maníacos de plantão encontrassem outra fonte de terror, para atacar o prazer das pessoas. Logo se disseminou a ideia de que ninguém estava isento de risco, qualquer pessoa estaria exposta ao contágio, mas nem tudo estava perdido, porque a fórmula mágica para a proteção contra o vírus já havia sido encontrada. Chamava-se CAMISINHA. Para delírio das indústrias que produziam o artefato. Assim, ao invés de atacar o mal com um “pare de transar”, atacou-se com um peremptório “use camisinha”.
Devo dizer, mais uma vez, que não condeno a campanha em si. Acho bastante razoável que se estimule uma tal iniciativa, dirigida às pessoas que possuem uma vida promíscua, ou para os episódios de sexo casual, afinal, tudo que se constitua em uma forma de proteção deve ser levado a sério e praticado de forma consciente. O que eu condeno é a neurose coletiva e com a camisinha não foi diferente. Rapidamente se espalhou a noção de que só era viável fazer sexo de camisinha, fosse com quem fosse. Certa vez o urologista afirmou que eu deveria usar camisinha no relacionamento com a minha esposa. Quando eu perguntei o que ele estava insinuando, ele me respondeu que aquilo era um protocolo médico, que ele tinha que dizer aquilo a todos os pacientes, porque ninguém tem garantias quanto ao comportamento dos outros.
Digam o que quiserem, mas isso é ridículo, é terrorismo, é insano, é anormal, é paranoico e é imbecil. De minha parte, entendo que um casamento não pode prescindir de confiança recíproca, por isso, antes de usar camisinha na relação conjugal, é melhor extinguir a relação, pois que sem confiança ela já está falida. Agora, se, apesar da confiança, alguma aventura extraconjugal for inevitável, então que se use camisinha na aventura e não no casamento.
Não sei como ainda não apareceu um deputado – de alguma bancada religiosa, é claro – para criar uma lei que obrigue os casais casados a usarem camisinha em suas relações. O método de controle seria mais ou menos assim: o casal preencheria um cadastro declarando quantas relações tem por mês e, ao final de cada mês, entregaria ao órgão de controle o correspondente em camisinhas usadas. Poderiam ser mais, mas nunca menos. E para unir o útil ao utilíssimo, o látex das camisinhas usadas seria reciclado, para atender as necessidades de preservação do planeta.
Sim, porque além dos antitabacoides e dos antissexoides, temos também os ecolóides, muitas vezes chamados de “alternativos”.
Particularmente sou muito simpático a todas as iniciativas de controle ecológico, principalmente àquelas que visam à preservação de florestas e à proteção aos animais. Considero essa preocupação como um traço de humanidade, de inteligência e de respeito à vida, mas sinceramente me repugnam os excessos e, mais uma vez, as neuroses. Entendo que toda e qualquer atitude tendente a preservar os rios deve ser levada a efeito, mas daí para se fazerem previsões quanto ao esgotamento da água doce do planeta, vai uma distância enorme. Mais uma vez é espalhar terrorismo, querer educar pelo medo e pela falta de esclarecimento. Muito mais eficiente que dizer às pessoas que parem de tomar banho, é exercer um controle verdadeiramente rigoroso sobre grandes indústrias que despejam nos rios, de uma vez, toneladas de detritos sem qualquer filtragem. Mas isso é problemático, fere interesses poderosos e pode custar caro em eventuais financiamentos de campanhas políticas no futuro.
Nesse âmbito da ecologia, eu fico impressionadíssimo com as negociações de cotas de emissão de carbono, amplamente divulgadas pelos noticiários, e voltadas totalmente para impedir o crescimento econômico dos países do terceiro mundo. Nesse caso do carbono, inclusive, há um aspecto que me intriga e me preocupa: o metano – gás expelido pela flatulência – é um composto carbônico. Daí, quando eu penso nos cinco bilhões de habitantes do planeta, somados a todos os demais animais mamíferos (sinceramente não sei como funciona o sistema digestivo dos não-mamíferos), expelindo gás metano na atmosfera algumas vezes por dia, cresce-me um receio de que instituam a campanha: “pare de peidar”, ou, o que é pior, que algum deputado entupido transforme isso em lei, instituindo multa ou prisão para quem desrespeitar. Já pensaram?
Mas além dos ecolóides, há também os antialcaloides. Esses são aqueles que se ocupam em atribuir ao consumo de álcool a origem de todos os males do planeta. Lembro-me perfeitamente bem de que alguns anos atrás, um deputado distrital em Brasília – adivinhem a que bancada ele pertencia – baixou uma lei proibindo os bares de venderem bebidas alcoólicas após as 22:00, a fim de diminuir os crimes violentos. Ora, proibir bar de vender bebida alcoólica seja em que hora for é um dos maiores contrassensos possíveis. Nem merece comentar. Mas há ainda que se prestar atenção ao mote da lei que era inibir a prática de crimes violentos, como se o álcool fosse a principal ou a única causa da criminalidade. Infelizmente essas mentes “iluminadas” abarrotam hoje as Assembleias Legislativas de todos os estados e também o Congresso Nacional. Foi por isso que recentemente tivemos a oportunidade de conviver com aquele primor de peça legislativa que instituiu teor zero de álcool para quem estivesse conduzindo veículos.
Para garantir a exequibilidade da Lei, adotaram-se medidas totalmente inconstitucionais. Sim, porque ninguém pode ser coagido a soprar no “bafômetro” e a recusa polida, sem desacato não pode ensejar a condução à delegacia, porque a Constituição estabelece que ninguém será detido para averiguação. Prisão, somente em flagrante delito, ou mediante mandado judicial. Resultado: começaram a recuar e estipular “níveis toleráveis” de alcoolemia ao volante.
No bojo de tudo isso, as indústrias de bebidas – tão poderosas quanto as do cigarro – mobilizavam-se para encontrar alternativas viáveis para conviver com a Lei ou para derrubá-la de vez. E houve até uma cervejaria que criou o personagem “motorista da rodada”, eternizado por uma enxurrada de comerciais televisivos em horário nobre. Sinceramente, isso é nojento, é repugnante, é nauseabundo. O problema da violência no trânsito é sem sombra de dúvida um problema sério que deve ser enfrentado com grande energia pelas autoridades. Entendo ainda que a embriaguez ao volante deveria ser encarada como tentativa de homicídio e levada a Júri Popular, mas embriaguez é algo perceptível à olho nu e difere vertiginosamente da ingestão de uma moderada quantidade de álcool durante uma refeição, por exemplo. Colocar tudo num mesmo pacote e tratar tudo como crime é punir a sociedade como um todo, é falta de bom senso, é chatice explicita.
E para completar essa pequena lista de chatices explícitas, e ainda para que ninguém diga que eu estou exagerando, não se poderia deixar de citar aquela que, de todas, parece ser a mais preciosa no campo das chatices: A Federação Paraibana de Futebol instituiu no regulamento do campeonato estadual um artigo que proíbe o uso de palavrões pelos torcedores durante a realização das partidas. Aí eu tenho que dizer P-U-T-A-Q-U-E-P-A-R-I-U!!!!!!!!!!!!
E não dá para dizer mais nada.
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