Sempre tive claro que quem abre a tampa do esgoto não consegue evitar o mau cheiro, por isso tenho evitado fazer comentários sobre o nosso “excrementoso” processo eleitoral.
Contudo, quando se tem um cérebro lógico, é impossível ficar indiferente a certas coisas que seriam profundamente ridículas, se encaradas pela maioria das pessoas com um olhar crítico e racional.
Nas últimas semanas,tem sido muito difícil ler, ouvir ou assistir aos noticiários, sem ser bombardeado pelo fato político preferido pela imprensa atualmente: a suposta quebra de sigilo fiscal de um candidato.
Não vou entrar no mérito da questão, mas, sabendo que o objetivo do ato seria fazer um dossiê do candidato, eu não posso deixar de pensar que a importância que se está dispensando ao fato em si deve estar na proporção da importância que as informações fiscais sigilosas deveriam ter no contexto do suposto dossiê.
Sim, porque dossiês são compostos de fatos e qualquer fonte de informação que não possua fatos torna-se inócua para a produção de um dossiê. Ora, não haveria qualquer motivo para se fazer tanto barulho por conta de coisas inócuas. Aliás, uma postura absolutamente sensata seria tornar públicas as informações que estariam sendo bisbilhotadas e, a partir daí, encerrar a discussão.
Digo isso, porque fico imaginando a hipótese de eu ser candidato a qualquer coisa e, de repente, alguém resolver quebrar meu sigilo fiscal, ou bancário, com o intuito de me denegrir. Eu faria questão de expor os dados para o país inteiro. Seria um elogio mim e um forte impulso a minha candidatura, porque não tenho absolutamente nada a esconder.
Aliás, entendo que essa medida deveria ser adotada por todos aqueles que se candidatassem a cargos públicos. Afinal, por que é mesmo que existe sigilo fiscal? E sigilo bancário? Quem votou esse dispositivos legais e a quem eles efetivamente acobertam?
Em alguns episódios políticos o instituto do sigilo parece estar destinado a produzir impasses assim esquematizados: quebrar o sigilo é proibido por lei, logo, quando alguém denuncia que teve seu sigilo quebrado, aquele que está de posse das informações fica imediatamente acuado e não pode delas dispor, porque estaria também se denunciando, seria atingido pelo refluxo do mar de lama.
Cria-se assim o jogo do pavão cafajeste: “a lei protege o meu rabo, por isso você não abre seu bico. Se você abrir, o rabo que fica exposto é o seu.”
Pois é, foi só abrir a tampa do esgoto... Estão sentindo o cheiro de excremento?
Contudo, quando se tem um cérebro lógico, é impossível ficar indiferente a certas coisas que seriam profundamente ridículas, se encaradas pela maioria das pessoas com um olhar crítico e racional.
Nas últimas semanas,tem sido muito difícil ler, ouvir ou assistir aos noticiários, sem ser bombardeado pelo fato político preferido pela imprensa atualmente: a suposta quebra de sigilo fiscal de um candidato.
Não vou entrar no mérito da questão, mas, sabendo que o objetivo do ato seria fazer um dossiê do candidato, eu não posso deixar de pensar que a importância que se está dispensando ao fato em si deve estar na proporção da importância que as informações fiscais sigilosas deveriam ter no contexto do suposto dossiê.
Sim, porque dossiês são compostos de fatos e qualquer fonte de informação que não possua fatos torna-se inócua para a produção de um dossiê. Ora, não haveria qualquer motivo para se fazer tanto barulho por conta de coisas inócuas. Aliás, uma postura absolutamente sensata seria tornar públicas as informações que estariam sendo bisbilhotadas e, a partir daí, encerrar a discussão.
Digo isso, porque fico imaginando a hipótese de eu ser candidato a qualquer coisa e, de repente, alguém resolver quebrar meu sigilo fiscal, ou bancário, com o intuito de me denegrir. Eu faria questão de expor os dados para o país inteiro. Seria um elogio mim e um forte impulso a minha candidatura, porque não tenho absolutamente nada a esconder.
Aliás, entendo que essa medida deveria ser adotada por todos aqueles que se candidatassem a cargos públicos. Afinal, por que é mesmo que existe sigilo fiscal? E sigilo bancário? Quem votou esse dispositivos legais e a quem eles efetivamente acobertam?
Em alguns episódios políticos o instituto do sigilo parece estar destinado a produzir impasses assim esquematizados: quebrar o sigilo é proibido por lei, logo, quando alguém denuncia que teve seu sigilo quebrado, aquele que está de posse das informações fica imediatamente acuado e não pode delas dispor, porque estaria também se denunciando, seria atingido pelo refluxo do mar de lama.
Cria-se assim o jogo do pavão cafajeste: “a lei protege o meu rabo, por isso você não abre seu bico. Se você abrir, o rabo que fica exposto é o seu.”
Pois é, foi só abrir a tampa do esgoto... Estão sentindo o cheiro de excremento?
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